“- Larga isso aí, é lixo!” Quantas vezes ouvimos falar isso...
É lixo da rua, lixo de casa, de hospital... na televisão e nos jornais, até de lixo atômico já ouvimos falar. Mas, afinal, o que essa palavrinha quer dizer? Se pensarmos em tudo aquilo que jogamos fora diariamente e no motivo de fazer isso, chegaremos próximos a uma resposta.
O que você faz com aqueles cadernos que já não servem mais e apenas ocupam suas gavetas? E com as latinhas de refrigerante depois do lanche na escola (ou no fim de semana)? O destino é um só: lixo!
Então, lixo são restos de tudo aquilo que fazemos, no nosso dia-a-dia, e que consideramos inútil, indesejável ou descartável. São todas aquelas coisas que já não servem mais.
Mas será que o seu lixo é também o meu lixo? Ou melhor, será que tudo o que não serve mais para você também não serve para mim? Se prestarmos atenção em tudo o que acontece ao seu redor, podemos perceber que nem sempre o que é considerado lixo por uma pessoa é inútil também à outra (por exemplo, roupa, sapato, etc.).
Nas grandes cidades, principalmente, a maior parte do que uma pessoa joga no lixo poderia ser aproveitada por outra. Dados estatísticos mostram que 95% da massa total dos resíduos urbanos tem um potencial significativo de reaproveitamento, o que nos leva à conclusão de que apenas 5% do lixo urbano é, de fato, lixo. Por incrível que pareça, cada pessoa pode chegar a produzir até mais de
Vamos pensar em todo lixo que produzimos diariamente: restos de comida, folhas de papel, frascos vazios e até embalagens de produtos como sabonetes, pastas de dente, papel de caramelos... As centenas de milhares de toneladas de lixo produzidas diariamente no Brasil ficam, em sua maioria, amontoadas em grandes depósitos a céu aberto, ele contamina o solo e os lençóis subterrâneos de água, além de contribuir para a proliferação de insetos e ratos transmissores de doenças. Mas isso não acontece só nos lixões, e sim em qualquer lugar em que o lixo esteja acumulado inadequadamente. Doenças como dengue, malária, febre amarela, disenteria, febre tifóide, cólera, leptospirose, peste bubônica, tétano, hepatite A ou infecciosa e esquistossomose são apenas alguns exemplos.
O problema do lixo tem se agravado muito. Até metade do século passado o lixo era composto de matéria orgânica, de restos de comida; com o avanço da tecnologia, os plásticos, isopores, pilhas, baterias de celular e lâmpadas são presença cada vez mais constante na coleta.
E o problema está relacionado sobre o que fazer com o lixo. O tempo de permanência do lixo no ambiente do lixo no ambiente é muito longo (as latinhas se decompõem em 10 anos, os chicletes 5 anos, o cimento 50.000 anos, os vidros mais de 10.000 anos...). Então, onde depositar todo o lixo produzido diariamente? O que fazer com ele? Os processos de tratamento de lixo dependem de uma série de condições, como a natureza do resíduo produzido, os hábitos culturais da comunidade que o produziu, as condições econômicas dessa comunidade e sua situação geográfica.
Algumas comunidades mais organizadas já desenvolveram projetos de coleta seletiva e reciclagem do lixo, enquanto outras não dispõem nem de caminhões para o serviço. Por isso, para solucionar o problema do lixo é preciso, antes, conhecer a realidade do município.
Cuidar do lixo é exercer cidadania. Devemos nos comprometer enquanto participantes de uma sociedade, para o bem-estar comum, para o desenvolvimento sustentável e para um futuro com qualidade de vida. Por isso é que eu, como professora, acredito em projetos de educação ambiental, que busca a promoção dessa consciência e envolvimento de todos, como o Luxo do Lixo, desenvolvido no Colégio Estadual Luís Eduardo Magalhães, em Ibicaraí.
"Educação Ambiental é um processo permanente, no qual os indivíduos e a comunidade tomam consciência do seu ambiente e adquirem conhecimentos, valores, habilidades, experiências e determinação que os tornem aptos a agir e resolver problemas ambientais presentes e futuros."
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