A escola precisa trabalhar com a curiosidade do aluno, partindo de situações-problema que são existenciais para os seus alunos. A Educação Matemática tem buscado um ensino contextualizado na vida do aluno e da sua comunidade. Então, as tecnologias informáticas, pensadas como tecnologia da linguagem e da comunicação, no uso da Matemática, devem trabalhar a “possibilidade de o sujeito ler o mundo”, “compartilhar da sua leitura do mundo”, “aprender a aprender” e a possibilidade de “reconhecer sujeitos livres” (Paulo Freire).
D’Ambrósio afirma que, na transição do século XX para o século XXI, espera-se que os alunos adquiram e utilizem instrumentos comunicativos, analíticos e materiais para exercer o seu papel de cidadão.
É necessário compartilhar idéias, pensamentos, ser compreendido. Assim, é preciso que exista comunicação entre os elementos, é preciso compartilhar tecnologias, até mesmo as do pensamento. Esta tecnologia começa no próprio controle do corpo, passando pelas tecnologias/máquinas e indo até as tecnologias da linguagem e da comunicação.
É importante para o aluno conhecer os elementos da máquina – hardware e software – e conhecer um pouco mais as linguagens ou ferramentas computacionais ou aplicativos. É preciso estimulá-los a lerem as telas de ajuda do programa e as mensagens de erro, fazendo com que o aluno aprenda a aprender.
Assim, o objetivo da aula de Matemática que utiliza a informática não deve estar centrado na utilização da máquina meramente. Mas, a partir dos problemas trazidos para a sala de aula, que o computador possa ser utilizado como ator na elaboração e comprovação de hipóteses e na simulação de idéias. Só assim é possível aprender a ler, escrever, compreender textos, entender gráficos, fazer cálculos simples ou complexos, fazer análises geométricas planas ou espaciais.
“Quanto mais ativamente uma pessoa participar da aquisição de um conhecimento, mais ela irá integrar e reter aquilo que aprender. Ora, a multimídia interativa, graças à dimensão reticular ou não linear, favorece uma atitude exploratória, ou mesmo lúdica, face ao material a ser assimilado. É portanto, um instrumento bem adaptado a uma pedagogia ativa.” (Lévy, 1993)
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