quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Feira de Ciências da E.P.O.M. - 2010


   Em 2010, ano Internacional da Biodiversidade, trataremos do tema Sustentabilidade. Afinal, o que é sustentabilidade? Segundo Luiz Carlos Cabreta – professor da Easp – FGV, sustentabilidade é correlacionar e integrar da forma organizada os aspectos econômicos, culturais e ambientais da sociedade. A palavra chave é continuidade.
   A ex-primeira ministra da Noruega Gro Brumdtlard, foi a primeira a usar o termo sustentabilidade em 1987. Ela afirma que desenvolvimento sustentável significa suprir as necessidades do presente sem afetar a habilidade das gerações futuras de suprirem as próprias necessidades.
  Abordando o conhecimento Triângulo da Sustentabilidade, entende-se que devemos atender a determinados aspectos, para então conseguirmos viver em equilíbrio com o mundo, esse triângulo traz como base três fatores: social, ambiental e econômico. Verbalizando e trazendo tais conceitos para nossa realidade, podemos dizer que trata-se de vivermos numa sociedade justa, ecologicamente correta, exercendo atividades economicamente viáveis. O aspecto social está relacionado aos valores sociais e culturais, o ambiente diz respeito à preservação e a manutenção da natureza e seu ecossistema, e o econômico envolve questões relacionadas à obtenção de renda.
   Esses aspectos, ao formarem um triângulo, ou seja, quando se encontram, em equilíbrio, nos trazem mais segurança de vivermos num mundo melhor, mais justo para todos os seres vivos que nele se encontram. Infelizmente, se não os respeitamos nosso futuro provavelmente ficará comprometido. Dessa maneira, aos poucos, as pessoas estão se unindo e ganhando mais força, lutando para viverem em harmonia com a sociedade, com a natureza, com o mundo. Essa luta, diferente das outras, não necessariamente necessita de um exército literalmente unido e sim de um ideal que faz com que os indivíduos se manifestem positivamente, com consciência que podem e devem ser felizes sim, sem prejudicar a sua morada, seu lar, seu planeta. Devemos fazer a nossa parte e participar dessa maravilhosa transformação.
   Diante do exposto, trabalharemos o tema levando em consideração que a sustentabilidade se aplica a qualquer empreendimento humano, de um país a uma família. O desafio é enorme, envolve várias gerações e, por isso, devemos tratar o tema com a importância que ele requer, não esquecendo da sua importância para a manutenção da nossa casa, o Planeta Terra, para que, futuramente, seja também PLANETA SUSTENTÁVEL.

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quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Descoberta de dois planetas ao redor de uma mesma estrela

A sonda Kepler, da Nasa, descobriu o primeiro sistema planetário confirmado com mais de um dos planetas em trânsito - isto é, passando pela linha de visão entre a Terra e sua estrela.
As assinaturas de trânsito de dois planetas distintos aparecem nos dados de uma estrela semelhante ao Sol e apelidada Kepler-9. Os planetas foram chamados Kepler-9b e Kepler-9c. A descoberta, segundo nota divulgada pela Nasa, incorpora sete meses de observações de mais de 156.000 estrelas, como parte de uma busca por planetas de tamanho próximo ao da Terra.
A descoberta dos dois planetas em trânsito aparece na edição desta semana da revista Science.
A câmera do Kepler mediu pequenos decréscimos no brilho da estrela, causados pela passagem dos planetas durante o trânsito. O tamanho dos mundos pode ser estimado a partir dessa redução de brilho. A distância entre planeta e estrela pode ser calculada pelo intervalo entre sucessivas reduções. Cientistas usaram o Observatório Keck, no Havaí, para refinar as estimativas de massa dos planetas.
As observações mostram que Kepler-9b é o maior dos dois, embora ambos tenham massa comparável à de Saturno. Kepler-9b também é o mais próximo da estrela, completando uma órbita a cada 19 dias, enquanto Kepler-9c faz uma volta completa a cada 38 dias.
Além dos dois planetas confirmados, os cientistas da missão Kepler também, identificaram o que parece ser um terceiro mundo, com uma assinatura de trânsito muito reduzida, consistente com um planeta com 1,5 raio terrestre numa órbita extremamente próxima à estrela, de menos de dois dias.
De acordo com a Nasa , mais estudos serão necessários antes que esse possível terceiro planeta possa ser confirmado.

domingo, 15 de agosto de 2010

Chuva de Meteoros. Você já viu?


Os meteoros, também conhecidos popularmente como estrelas cadentes, são fenômenos associados com a entrada na atmosfera terrestre de pequenas partículas sólidas vindas do espaço. Ao mergulhar através do ar a altas velocidades, estas partículas deixam atrás de si brilhantes traços luminosos devido à fricção e também à ionização gerada nas camadas superiores da atmosfera.
Este belíssimo fenômeno pode ser apreciado a olho nú, e sob boas condições de visibilidade é possível ver alguns meteoros por hora durante uma noite de observação. No entanto, em algumas épocas do ano, a Terra em sua órbita ao redor do Sol passa através de regiões com grande concentração de minúsculas partículas de poeira deixadas para trás por cometas que visitaram o Sistema Solar. Ocorrem então as chamadas chuvas de meteoros.   Nessas datas especiais, um número muito maior de meteoros pode ser observado, podendo chegar a dezenas ou até mesmo centenas de meteoros por hora.

Radiantes e Nomenclatura :

Os meteoros provenientes de uma determinada chuva de meteoros parecem se originar de um mesmo ponto na esfera celeste chamado radiante.  Isto significa que se traçarmos as trajetórias de cada meteoro de trás para frente, vamos obter um padrão de linhas que convergem para um ponto ou pequena área do firmamento onde se localiza o radiante.
Esta ilusão de que os meteoros parecem divergir a partir do radiante é um efeito de perspectiva, já que na verdade os meteoros atingem a atmosfera terrestre descrevendo trajetórias paralelas entre si.  É o mesmo efeito que notamos ao observar como as pistas paralelas de uma auto-estrada parecem se juntar num ponto distante do horizonte.
As chuvas de meteoros recebem nomes derivados das constelações onde se encontram os seus respectivos radiantes, ou das estrelas mais brilhantes próximas aos radiantes.  Por exemplo, as Orionídeas possuem o seu radiante na constelação de Órion.  As Delta-Aquarídeas possuem o radiante próximo à estrela delta da constelação de Aquarius, e assim por diante.

Chuvas de Meteoros Anuais :

Algumas chuvas de meteoros são bem conhecidas e ocorrem regularmente a cada ano. Qualquer pessoa interessada na observação deste fenômeno pode planejar as suas observações antecipadamente, conhecendo a data correta e a hora da noite mais apropriada.
Como o nosso planeta sempre cruza um cinturão de meteoróides no mesmo ponto da sua órbita, as chuvas de meteoros sempre ocorrem nas mesmas datas de cada ano. São as chuvas de meteoros anuais.  A Tabela 1 abaixo mostra as datas correspondentes à atividade máxima das chuvas de meteoros mais intensas do ano. 
A Tabela exibe também a taxa horária esperada de meteoros, ou seja, o número de meteoros por hora que uma pessoa pode observar (em condições ideais) nessas noites e a constelação em que os meteoros se originam.





Nome
Máximo
Taxa
Constelação
Quadrantídeas
03 Jan
120
Bootes
Lirídeas
22 Abr
15
Lyra
Eta-Aquarídeas
05 Mai
50
Aquarius
Delta-Aquarídeas
29 Jul
15
Aquarius
Perseídeas
12 Ago
80
Perseus
Orionídeas
21 Out
20
Orion
Taurídeas
04 - 12 Nov
10
Taurus
Leonídeas
17 Nov
100
Leo
Geminídeas
14 Dez
80
Gemini

TABELA 1 - As Chuvas de Meteoros Mais Importantes do Ano

Tipos de Chuvas Meteóricas :



As chuvas de meteoros, também chamadas por alguns autores de enxames meteóricos, apresentam uma grande diversidade quanto ao número de meteoros por hora (THZ), duração da atividade, características típicas dos meteoros (como cor, brilho, velocidade, etc.) e periodicidade. 
Algumas chuvas meteóricas, como as Perseídeas e as Geminídeas por exemplo, são bastante regulares em relação à intensidade, e podemos esperar ver o mesmo número de meteoros durante o máximo todos os anos.  Outras chuvas apresentam intensidade variável dependendo do ano. As Leonídeas, por exemplo, mostram uma atividade excepcional apenas nos anos próximos à passagem do seu cometa associado, o Temple-Tuttle, que ocorre a cada 33 anos, exibindo uma atividade bastante baixa nos demais. Outro exemplo de enxame fortemente dependente da passagem periélica do cometa associado são as Pi-Puppídeas, que exibem um grande aumento da atividade apenas a cada 5 anos quando o cometa Grigg-Skjellerup se aproxima do Sol. 
Podemos observar também uma grande variação quanto à duração do período de atividade de cada chuva. Enquanto que em alguns casos o pico de atividade pode durar apenas algumas horas, para outros, como por exemplo nas Delta-Aquarídeas e nas Taurídeas, esta atividade se estende durante semanas.

Tabela 2
Principais Chuvas de Meteoros Visuais do Ano

Chuvas Meteóricas
Datas
Taxa
Posição do Radiante
Astro Associado
Nome
Abrev.
Máximo
Duração
THZ
Const.
AR
Dec
Cometa ou Asteróide
Quadrantídeas
QUA
03 Jan
28 Dez - 07 Jan
120
Boo
230°
+45°

Alfa-Centaurídeas
ACE
08 Fev
28 Jan - 21 Fev
10
Cen
210°
-59°

Gama-Normídeas
GNO
13 Mar
25 Fev - 22 Mar
5
Nor
249°
-51°

Lirídeas
LYR
22 Abr
16 Abr - 25 Abr
15
Lyr
271°
+34°
Thatcher C/1861 G1
Pi-Pupídeas
PPU
23 Abr
15 Abr - 28 Abr
var.
Pup
110°
-45°
26P/Grigg-Skjellerup
Eta-Aquarídeas
ETA
05 Mai
21 Abr - 12 Mai
50
Aqr
338°
-01°
1P/ Halley
Librídeas
LIB
06 Mai
01 Mai - 09 Mai
4
Lib
223°
-18°

Delta-Aquarídeas Austrais
SDA
29 Jul
14 Jul - 18 Ago
15
Aqr
339°
-17°

Pisces-Australídeas
PAU
30 Jul
16 Jul - 13 Ago
5
PsA
341°
-30°

Alfa-Capricornídeas
CAP
01 Ago
03 Jul - 15 Ago
8
Cap
307°
-10°
Honda-Mrkos-Pajdusakova
Iota-Aquarídeas Austrais
SIA
04 Ago
25 Jul - 15 Ago
5
Aqr
334°
-15°
2P/ Encke
Delta-Aquarídeas Boreais
NDA
08 Ago
15 Jul - 25 Ago
5
Aqr
334°
-05°
2P/ Encke
Perseídeas
PER
12 Ago
23 Jul - 22 Ago
80
Per
47°
+57°
Swift-Tuttle 1862 III
Kappa-Cignídeas
KCG
18 Ago
03 Ago - 25 Ago
5
Cyg
289°
+55°

Iota-Aquarídeas Boreais
NIA
19 Ago
11 Ago - 31 Ago
5
Aqr
327
-06°

Alfa-Aurigídeas
AUR
01 Set
25 Ago - 05 Set
10
Aur
84°
+42°
Kiess 1911 II
Piscídeas
SPI
19 Set
01 Set - 30 Set
5
Psc
05°
-1°

Draconídeas
GIA
08 Out
06 Out - 10 Out
var.
Dra
262°
+54°
Giacobini-Zinner
Orionídeas
ORI
21 Out
15 Out - 29 Out
20
Ori
95°
+16°
1P/ Halley
Taurídeas Austrais
STA
05 Nov
01 Out - 25 Nov
7
Tau
52°
+13°
2P/ Encke
Taurídeas Boreais
NTA
08 Nov
01 Out - 25 Nov
7
Tau
58°
+22°
2P/ Encke
Leonídeas
LEO
17 Nov
14 Nov - 20 Nov
100(var.)
Leo
153°
+22°
55P/ Temple-Tuttle
Alfa-Monocerotídeas
AMO
21 Nov
15 Nov - 25 Nov
var.
Mon
117°
+01°

Foenicídeas
PHO
05 Dez
28 Nov - 09 Dez
5
Pho
018°
-53°
Blanpain 1819 IV
Pupídeas-Velídias
PUP
07 Dez
01 Dez - 15 Dez
10
Vel
123°
-45°

Geminídeas
GEM
14 Dez
09 Dez - 19 Dez
80
Gem
113°
+32°
3200 Phaeton (asteróide)
Ursídeas
URS
22 Dez
17 Dez - 24 Dez
10
UMa
217°
+76°
8/P Tuttle
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Sobre a Tabela 2

A tabela acima exibe dados atualizados relativos às principais chuvas de meteoros anuais conhecidas. Utilize-a para planejar as suas observações ou confirmar a procedência de meteoros observados. Apenas foram incluídos nesta tabela os enxames mais confirmados. Dezenas de outras chuvas menores deixaram de ser listadas porque ainda exigem maior estudo ou aguardam confirmação. 
As chuvas de meteoros mais fortes e esperadas do ano aparecem em destaque 
(nome escrito em azul).
Note que na prática a Taxa Horária observada sempre vai ficar abaixo dos valores exibidos na tabela, que correspondem a situações teóricamente ideais. 

Legenda

Nome - nome do enxame
Abrev. - abreviação utilizada internacionalmente
Máximo - data de atividade máxima
Duração - período aproximado de atividade 
THZ - taxa horária de meteoros ( zenital ) ; var : variável
Const - constelação onde se encontra o radiante
AR - ascenção reta do radiante
Dec - declinação do radiante
Cometa ou Asteróide - astro associado, caso seja conhecido

Obs : - no caso dos anos bissextos, considerar um dia antes das datas da tabela.


Chuva de meteoros no último dia 12

Na madrugada desta sexta-feira (12/08/2010) uma chuva de meteoros Perseidas pôde ser vista a olho nu, maravilhando um grande número de pessoas, sobretudo no Hemisfério Norte.
O fenômeno foi observado com mais facilidade em países como Inglaterra, Áustria, Espanha, Macedônia, México e Estados Unidos.
No Brasil, o melhor horário para assistir ao “show” ocorreu entre 0h30 e 2h30, mas a visibilidade foi muito menor que nos países do norte.
A chuva de meteoros Perseidas acontece cada 133 anos, quando rastros do cometa Swift-Tuttle são vistos da Terra. As partículas de poeira chamam a atenção à medida que cortam os céus.
Os meteoros tem o tamanho de um grão de areia, mas criam uma imensa massa de calor ao atingir a atmosfera terrestre, a mais de 200 quilômetros por hora.






Perseidas é registrada sobre Stonehenge, na planície de Salisbury, ao sul da Inglaterra. Foto de exposição longa. (Foto: Doherty Kieran / Reuters)


Fenômeno também foi registrado em Grazalema, sul da na Espanha. (Foto: Jorge Guerrero / AFP Photo)


Foto de longa exposição em uma estrada montanhosa ao sul de Skopje, capital da Macedônia, registra meteoro riscando o céu ao entrar na atmosfera da Terra. (Foto: Boris Grdanoski /AP Photo)