quinta-feira, 14 de julho de 2011

Lixo eletrônico: onde descartar?

 
Agora é lei! Aprovada há quase um ano, a Política Nacional de Resíduos Sólidos define regras para a gestão de toda a sucata, na qual se encaixa também o lixo eletrônico. O projeto de lei, que tramitou por mais de 20 anos no Congresso Nacional, responsabiliza as empresas pelo recolhimento de produtos descartáveis. Mas, não só as empresas. Os consumidores também têm responsabilidades perante o novo código.
"Ele trata basicamente de três grandes grupos de registro como os fabricantes, distribuidores, importadores. Eles terão que fazer uma política reversa, ou seja, trazer de volta aquele produto quando ele não tiver mais utilidade", explica João Carlos Redondo, gerente executivo de sustentabilidade da Itautec.
Hoje, os resíduos sólidos, como pneus, geladeiras, televisores, pilhas, baterias, computadores e tudo mais são jogados no lixão comum. A presença de metais pesados e outros elementos químicos traz graves riscos ao meio-ambiente.
A nova lei prevê deveres para todos: desde o fabricante, passando pelo vendedor e, finalmente, chegando ao consumidor.
"Cabe aos vendedores estabelecer um canal para receber este material e a logística de transporte até o reciclador, e cabe ao fabricante informar ao consumidor o que se deve ou não fazer com produto obsoleto, e os cuidados que ele deve ter no manuseio e descarte", conta João Carlos Redondo.
Apesar de ter sido aprovada em agosto do ano passado, a lei dos resíduos sólidos ainda não está em vigor. Faltam muitos desafios a serem vencidos como acordos setoriais, metas para cada categoria de lixo e toda a questão da logística reversa. A expressão significa o processo de recolhimento que as empresas precisam fazer. Sempre se pensou em como distribuir mercadorias. Agora, é preciso criar mecanismos para recolhê-las.

Fonte: Olhar Digital

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Filme "Criação"

Capa do filme Criação
Título Português: Criação
Título Original: Creation
Gênero: Romance
Origem: Inglaterra
Versões: Inglês
Direção: Jon Amiel
Elenco: 
• Jennifer Connelly (Emma Darwin)
• Jeremy Northam (Reverendo Innes)
• Toby Jones (Thomas Huxley)
• Paul Bettany (Charles Darwin)
Duração: 108 min.
Classificação: 10 anos








O livro "A Origem das Espécies", lançado em 1859 por Charles Darwin, foi sucesso imediato de vendas e um marco divisor na história da humanidade. Na época, a obra de Darwin foi acusada de "matar" Deus ao provar que o homem é fruto de uma evolução natural, e não de Adão, como prega a Bíblia. Durante boa parte de sua vida, o cientista seguiu os preceitos cristãos e quando morreu, em 1882, foi enterrado em uma cerimônia religiosa. É sobre essa dualidade: ciência versus religião, que fala o longa "Criação".
O Darwin que se vê na tela é bem diferente do velhinho de longas barbas que ilustra os livros de história. Aqui, ele está em seu melhor momento, após retornar da expedição ao redor do mundo a bordo do navio H.M.S Beagle. Em sua casa de campo, a Down House, no interior da Inglaterra, faz diversos experimentos com pombos na tentativa de provar sua tese sobre a evolução, ao mesmo tempo em que cria seus dez filhos.
Se antes ele era muito religioso e frequentava missas, suas convicções vão, aos poucos, diminuindo conforme avança nas descobertas. A perda completa da fé acontece quando sua filha Anne Darwin morre, com apenas 10 anos. A menina era uma das preferidas de Charles por, logo cedo, mostrar interesse em ciência.
Além disso, pressionado pelo biólogo Thomas Huxley e o botânico Joseph Hooke, Darwin entra em conflito com sua mulher e prima, Emma Darwin (Jennifer Connelly), que ainda é extremamente religiosa.
O personagem descobre que modificações genéticas acontecem mais rápido quando são feitas entre parentes próximos. A consequência é que os descendentes poderão ter a saúde mais frágil. Ao saber disso, ele passa a acreditar que sua filha tenha herdado uma estranha doença sua, por ter se casado com uma prima. Apesar de não ficar claro do que a menina morre, tudo indica que ela tenha pegado uma pneumonia. Na história, o cientista sofria com alucinações e via a todo momento sua filha morta, como se fosse um espírito a lhe rondar.
Dirigido por Jon Amiel, o filme é baseado no livro "Annie''s Box", do ambientalista Randal Keynes, tataraneto de Darwin. Na obra, o autor conta a relação do cientista com sua filha e como, após a morte dela, Charles criou coragem para desafiar a igreja e publicar "A Origem das Espécies". No longa, Darwin é interpretado pelo inglês Paul Bettany, o mesmo que fez Silas, o albino, em "O Código da Vinci" (2006). Já o papel de sua filha é feito pela estreante Martha West. As informações são do Jornal da Tarde. 

Resumindo, o filme é muito legal, porém se fixa mais no homem Charles Darwin e não no cientista ou nas suas histórias ao redor do mundo. Quem acha que vai aprender sobre seleção natural vendo o filme, pode esquecer. Por mais que o filme não apresente erros conceituais, pelo contrário, nas partes onde Darwin aparece tentando explicar sua teoria são bem interessantes, mas poucas. Faltou também a reunião na sociedade Lineana, onde foram lidos os trabalhos de Wallace e Darwin. Entretanto, nada disso tira o encantamento de pode assistir uma produção tão bem feita de parte da vida de uma pessoa que mudou a maneira com que o homem se enxerga na economia da natureza. Assistam!

Trailer do filme "Criação"


sexta-feira, 17 de junho de 2011

A construção da Usina de Belo Monte


O projeto de construção da Usina Hidrelétrica de Belo Monte surgiu há mais de trinta anos, ainda no período de ditadura militar. O projeto foi engavetado em 1989, sob pressões de grupos indígenas liderados pelo cacique Raoni e o cantor Sting, ex-vocalista da banda “The Police”.
A hidrelétrica de Belo Monte possuirá uma capacidade para abastecer mais de 26 milhões de habitantes. A construção da hidrelétrica ocupará as regiões dos municípios paraenses de Altamira, Anapu, Brasil Novo, Senador José Porfírio e Vitório do Xingu.
O lago gerado pela usina terá 516 km² de área, inundando 51.600 hectares de floresta, deixará submerso parte do Xingu (Volta Grande) e um terço de Altamira. A instalação da usina desalojará mais de 20 mil pessoas, mas gerará cerca de 80.000 postos de trabalho na sua construção.
Estima-se que a hidrelétrica de Belo Monte produzirá 11.233 MW de energia em épocas de cheias, que compreendem a quatro meses ao ano, e 4.000 MW nas épocas de baixa.
Segundo a professora Sônia Barbosa Magalhães, da Universidade Federal do Pará, em análise crítica ao Estudo de Impacto Ambiental (EIMA-RIMA) de Belo Monte, a obra gerará sérias consequências:
  • Inundação constante dos igarapés de Altamira, no lugar da inundação sazonal;
  • Redução da vazão da água e bloqueio do transporte fluvial até o Rio Bacajá;
  • Remanejamento de famílias locais;
  • Alteração do regime do rio relacionado aos meios bióticos e socioeconômicos.
Segundo a ONG WWF, a construção da hidrelétrica de Belo Monte poderia ser substituída pela repotencialização das usinas já existentes no país, pela redução do desperdício no sistema de distribuição elétrica, além de investimentos em fontes limpas de energia.
O leilão da construção da usina gerou protestos de grupos indígenas, do Movimento Nacional dos Atingidos por Barragens, com a participação do diretor do filme Avatar, o cineasta canadense James Cameron.
A barragem principal da Usina de Belo Monte será construída no Rio Xingu, a 40 km da cidade de Altamira. O projeto prevê a construção de duas casas de força, a principal será instalada no Sítio Belo Monte e a secundária junto ao Reservatório do Xingu.
Entre os defensores da obra está a chefia da Empresa de Pesquisa Energética. Segundo a empresa, a Usina de Belo Monte gerará um investimento 19 vezes maior do que o orçamento atual do estado do Pará. A EPE defende a proposta das obras que, segundo estudos, atingirá um terço da área original a ser alagada.



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